sexta-feira, 2 de abril de 2010

Chico Xavier, O Filme

Crítica por André Miranda
Fonte: O Globo

‘Chico Xavier — O filme’. “A história de um homem não cabe num filme. O que se pode é ser fiel à essência de sua trajetória”, diz um texto exibido no início de “Chico Xavier”, a cinebiografia do mais popular médium do Brasil, vivido em três fases por Nelson Xavier, Ângelo Antônio e Matheus Costa.

Dirigido por Daniel Filho, o filme é narrado através da participação de Xavier, em 1971, no programa “Pinga-Fogo”, que ia ao ar na antiga TV Tupi. A ideia é alternar as cenas adaptadas do programa com a reconstituição de momentos da vida do personagem, todos baseados na biografia “As vidas de Chico Xavier”, de Marcel Souto Maior.

É de “Pinga-Fogo”, também, que “Chico Xavier” retira o trunfo de seu roteiro, escrito por Marcos Bernstein. O diretor de imagem do programa é Orlando (Tony Ramos). Cabe a ele escolher quais cenas vão ao ar em cada momento da gravação ao vivo, um trabalho normalmente exercido com frieza. Orlando diz ser ateu e se nega a acreditar nas palavras do médium. Só que, no fim, apesar de não se converter, ele se vê obrigado a reconhecer que há algo de especial em Xavier.

Orlando pode ser encarado simplesmente como uma representação de Daniel Filho, outro que é ateu, mas que confessa ter se encantado com a história do médium. Pode, ainda, ser encarado como uma representação de mim, de você, de qualquer um que se porta friamente no cinema à espera de imagens. Como Orlando, o espectador pode se surpreender com o que filme e personagem são capazes.

Assista o trailer:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário sobre esta postagem. A equipe Vivência Espírita agradece.

ShareThis

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...